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Обнять,
Wania Andrade
Espera aí!
O que foi mesmo que vi nos teus hoje de manhã?
Que mistura foi aquela? Surpresa, vontade, uma saudade
escondidinha, fazendo de conta que era o acaso?
Ou foi a tua certeza de que não fizestes o que querias?
Levavas nos olhos um tanto assim de afagos, nem o sabes...
Ou foi uma queixa sobre o meu silêncio?
Sabes meu paradeiro e como chegar até mim, não sabes?
Então não perguntes, apenas vem... logo se vê!
WAndrade - 14/11/2013
Madrugada quieta, esta, nada de apuros ou desresguardos,
apenas a sanidade do mesmo... o mesmo.
Sem surpresas... era o que teria de ser, afinal.
Um mínino de senso para dar à cabeça um naco que fosse de sossego,
já que o pretendido, ainda que sob os véus da não-querência,
tornou-o inalcansável e era isso o que lhe estava a embaraçar o sono.
E o tino.
WAndrade - 10/11/2013
É, eu sei...não dá vontade de ir embora, não é?
Todo assunto é variável para ficar.
Qualquer vírgula é motivo para mais uns minutos, um olhar...
Fica ali uma vontade de abraço, misturada com limite,
a meio com o desajeito de dizer anda cá!
WAndrade -08/11/2013
Navega certo o coração incerto que se dispôs a desinventar
o sentimento.
Calado, atravessa suas marés confusas e desarejadas.
Sozinho, espreita o distante, bem-querer que sufoca dia após dia.
Sem quem para o perceber, fantasia a vida, ilude a alma
a conseguir seguir.
Navega cego o coração varrido que tentou fingir.
WAndrade - 08/11/2013
Então quer saber de mim a uma distância segura?
Nada é seguro quando se trata da saudade...
ainda que abafada no mais fundo do fundo de nós mesmos.
O que sempre senti sobra ainda, e muito, e ainda
dispõe-se imaculado, forte.
Apenas teu.
WAndrade - 08/11/2013