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Borboleta soltinha, das que brilham no claro, das que brilham, meu bem!
Arrepios daqueles que riem na pele, que riem, meu bem!
Nuvens, sem pressas, meu bem, sem presas!
Sonhos animados, de saber-se bem chegado,
seja a qualquer hora e do jeito que for, meu bem,
seja do jeito que flora!
WAndrade – 11/09/2014
Ainda não consegui tirar aquele risinho de felicidade da cara,
é meu direito adquirido.
Eu sempre disse que força tem quem acredita nela
e na minha eu creio acima de tudo.
Foi dor, foi doença, foi tratamento, foi dinheiro contado, foi solidão,
foi tudo à mistura com testes, frequências, trabalhos, estudo,
muito estudo, vontade, toda a vontade.
Estou licenciada em Psicologia, o grande sonho da Dª Maria de Lourdes* está realizado.
Se era o meu? Isso já não importa, o que vale mesmo é o orgulho imenso
que estou a sentir de mim, o orgulho que vi nos olhos dos meus colegas
e dos meus professores.
Agradeço a cada um deles com o coração ainda bambo
e a certeza de que fiz o meu melhor.
* minha mãe
WAndrade - 25/06/2014
queria tanto ter falado com você!
Olha, se tenho a lata de o tratar por tu, sem cerimónia,
assim, na frente de todos, é porque de dragões, espadas e lanças
também já tive o meu quinhão, trago fundido na alma o que
se lhe diga a respeito.
E também porque, um dia, sei lá, há tempos, já fomos próximos, lembras, não lembras?
Trazia-te enganchado no fio do pescoço, como meu pai, para saberem que
aqui tinha porto, não me viessem aldrabar o caminho,
nem destratar o sentimento, muito menos desacorçoar as fornalhas.
Perdemo-nos…perdi-me…atalhos e infernos, batalhas minhas, encontros duvidosos, devaneios.
Hoje lembro de ti, teu dia, num apelo de desencanto e esperança.
Salve! Salve Jorge*!
Wandrade – 23/04/2014
Com grande prazer e a alegria de um reencontro marcado pelas estrelas,
pelas folhas de um outono longínquo (ainda bem), divido com vocês,
meus 9000, esta escritora, cantora, dona de artes tantas: Vera Mello.
Algumas folhas de maple
resistem à crueldade do frio
elas me indicam o rumo do vento
o destino dos sonhos
o valor do acaso
meu tempo de ocaso
pra elas me visto
por elas caminho
por elas me atalho
e é delas que ainda me valho
quando desfolho
e insisto
Vera Mello, Montreal, Outubro de 2009