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E nunca mais a gargalhada boa de acompanhar.
D’algumas coisas até surgiam lá alguns esgarços na boca,
mas a gargalhada, A gargalhada, não mais.
Mudaram-se, (donde?) os miúdos diamantes, hoje desvanecidos,
que eram estrelas crianças, traquinas e soltas, quase, quase bandidas.
A flauta em Sol, tão bonita, agora apenas um sonido destonado
rouco e sem vigor.
Tudo aquietou-se na maturidade das tristezas conquistadas.
Então era isso?
WAndrade – 06/09/2014
Tinha dia que até nem pensava, mas no outro…
o pensamento, de implicância, acendia o pavio das lembranças
e houvessem miolos!
Era um tanto daquele perfume que vinha não sabia de onde,
o nome aparecia do nada, nas notícias, no chamado de alguém na rua,
abria uma gaveta e lá estava uma camisa perdida que nem dera conta,
tocava o telefone e rezava que fosse, que fosse…
Tinha pressentimentos, até a voz ouvia, do nada.
Aquilo tudo explodia-lhe no peito que não havia o que fizesse passar,
mas tinha dia em que nem lembrava.
Hoje não foi um desses...
WAndrade – 25/09/2014
nem seria...
Não, não dou-me mais a promessas, apenas quero-te.
Agarrar nas tuas mãos quando ficam frias como agora,
ter-te em meu peito, vaga e insegura, criança,
namorar-te sob a lua cheia, abraçar-te na rua branca,
arder nas carícias de que tanto gostas.
Fazer-te festas e ver-te a rir, és tão doce!
Não, não dou-me mais a promessas, já disse,
Mas dôo-me a ti, miúda,
agraciada, quando és brilho em teus olhos de mel,
quando vês que me prendes inteira.
WAndrade – 14/03/2014
E assim passou mais uma etapa da vida.
Passou? Passou como assim?
Os óculos escuros ainda lá estão,
a procura pelo abraço ainda lá está,
o sorriso pela metade, também,
o dito cambaleante, idem, enfim…
mais uma etapa passou…
passou mas foi pelo coração uma dorzinha fina,
daquelas impertinentes, que vem na hora em que cessa o barulho e
o pensamento, já na almofada, traz de volta todas as lembranças, saudades,
apertos, olhares para o teto e…
a vontade louca de ligar.
WAndrade – 09/03/2014
Quando aprendemos a desviar do ferrão
fica bem divertido aprisionar a abelha…
WAndrade – 06/03/2014
“Aquele turbilhão silencioso no pensamento, incómodo como um joanete…"
Riu-se da própria imaginação, um joanete no pensamento…devia doer!!!
Poesia já não era, mas tinha criatividade…
e tudo o que queria era falar de saudade…
WAndrade – 24/02/2014
Tinha tudo o que queria, tudo tinha,
plata, salientes e borbulhanjas,
tinha mesmo, mesmo tudo…
então porque é que, de uns tempos para cá,
tinha que ir buscar o pensamento, pela gola,
longe, lá longe?
WAndrade – 01/03/2014
Um dia destes de frio, de vento e chuva,
roubo-te outra vez só para mim.
Teu cheiro-sândalo, o gosto-pimenta,
a pele-cetim e mais, o mais…
pois cada detalhe de ti vale o risco, a reprimenda.
Sentir-te um'outra vez - que seja a última - vale o viver da vida.
WAndrade – 01/03/2014
E assim seguia, pousando as novas lembranças
por cima das que mais queria,
a ver se habitava a alma
e o coração se lhe desdoía.
WAndrade – 25/02/2014