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Aí, Infernoland, boa tarde! "Ouve esse Inferno"!!!
Estou muito entusiasmada com a novidade!
Como eu sei que muitos de vocês não têm tempo, ou paciência, para vir ao blog ler e ler (alguns), o "Inferno" agora entra numa nova fase: o "Ouve esse Inferno". É o nosso Inferno querido em formato áudio. Aí em cima o primeiro programa - Depende - que também está em formato texto (abaixo) já que o blog conta com amigos queridos surdos e que aqui vêm ler e se divertir.
E vamos a criar momentos, viver instantes e aprender!
Com o melhor dos sorrisos, com o coração,
Wania Andrade
WAndrade - 11/out/2020
Pronto, facinho, né?
Virou*, foi? Olha, não me compraz, acredita. Até fui estender a mão, coisas de mim, de poucos, sem escolher ou dar nos miolos. Apenas fui com inteireza, na "claridez" com que sempre ajo e penso, devias saber.
Mudou*, é? Olha, não gabo a mazela, assenta. Dói? Pois dói, é que eu um dia percorri esse caminho, do qual não fiz destino e de onde me arranquei sem "extras" (se é que me faço entender). Eu, Deus e meu cachorro.
Minguou*, vês? E são essas as dolências e os agastos para os quais um dia, nos aperreios, pedi ajuda, pedi socorro, lembras? Sabes hoje.
Penso que agora tens tempo.
WAndrade - 10/10/2020
Sobre uma canção tema - *"Tempo vira, lua mingua, vento muda" - Wania Andrade
"Ouve esse Inferno": Impávido
Refestela agora…que por aí anda um anjo, cujo nome é tempo, que fornece complacências e depois vigia.
Refestela que esse tipo ri-se, ri-se, deitado à sombra de quem faz maneios do sofrer alheio…
Refestela já, que esse um tem bojo farto, fundo mesmo, onde guarda seus feitos e, a quem de direito, há-de premiar.
WAndrade – 01/11/2016
E sem tabaco, que parei de fumar, olha só!
Não, caríssimo, não preciso de ajuda. É interessante como aprendemos a não precisar de nada e nem de ninguém.
É num estalar de dedos…doemos e, por nós mesmos, à nossa custa, desdoemos, que a vida é curta e há que seguir.
Acreditamos e, num átimo, já nada lá há para nossa estima, era já tudo imenso engodo, ainda quando éramos tolos, aliás por isso mesmo.
E aí, desafligimos, que a vida é isso, é tempo de tempo dar…e rimos… de quem ficou na esteira de que, para sempre, seríamos tontos, para sempre.
Gosto tanto, hoje gosto, de instigar os sábios…de me fazer a de ontem, quando ainda era a que chora, a que assenta.
Gosto muito, ai que gosto, quando exibo a que é(ra) triste…óh!
E os sábios, por serem sábios, afagam-me… de longe…desejam-me sorte e me querem bem…de longe… “que hoje não posso, que não estou muito bem, que a visita chegou, que a família chamou"...
É mesmo interessante como aprendemos a não precisar de nada e nem de ninguém.
WAndrade – 26/03/2016
quer dizer, alguém aí tem uma pastilha elástica para emprestar?
Sem ter o que fazer, o tempo permitiu-se um prazer, esparramou-se
na praia e tirou um cochilo.
Espreitava de longe… marujos desabençoados e zonzos, brindavam
desfeitos e mazelas, numa algazarra abatida e agastada. Sem norte.
Deixou-se ali ficar... estava sol... via e dormi, via e dormia. Tinha…tempo.
Fazia o que melhor sabe fazer, passava; navios passam, arrepios também, febres idem.
O tempo? Ah, esse passa e repassa na frente o que atrás foi semente…
Os marujos? Já devem ter dado com o tempo e suas... conversas.
Agorinha ele acordou.
WAndrade-09/01/2014
É encantador.
O ser humano e suas essências que não mudam.
Uma vez nobres, para sempre nobres.
Tão consolador ver uma pessoa com carácter, haja o que houver.
Dá sentido à vida conhecer gente com fibra, aquelas que
não se vergam, seja o vento que for.
Até porque, como se sabe, o vento que venta lá, venta cá,
ou ainda, o vento muda, invariavelmente.
Pessoas que enfrentam suas vicissitudes com garra e olho no olho
dão-nos uma aula de vida. É o céu, sim senhor!
Aquelas que, independente da malha (ou do malho), têm a rectidão
de dizer errei, desculpe, não posso, quero ir…, socorro, me ajuda…
estas então são um aprendizado para o restante dos dias.
Sempre a aprender!
E sim, não há nada mais animador do que ver uma pessoa
a desfrutar da sua própria essência!
Bom, não é?
WAndrade-28/12/2014
lindo, hein?
Os que aplaudiram a tua entrada triunfal são os mesmos
que ovacionam a tua saída cabisbaixa.
Gozam é do espectáculo, olha, do espetáculo…
Somente as almas ralas deixam-se subornar por encantos factóides,
é disso que ele vem falando há tempos e tu não suportas dar conta.
O que mais falta acontecer?
Mais um desmoronamento e vais ao fundo do mundo
(como dizia o poeta), sem volta, sem salvação que seja.
O que conta sabes bem o que é.
O sentes na carne talvez como em nenhum outro alvoroço destes.
A cortina começa a se fechar, corre daí que ainda é tempo de
apanhares o bonde da “Boa Trilha”.
Há quem não tenha mãos a medir para estancar tais desassossegos.
WAndrade – 21/12/2014