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Pesquisa e Arquivos [2] ‘Tava mesmo vento, um cortante de todos os lados, puxou o mais que pode a gola do casaco, a proteger o pescoço, e saiu assim, sem medo daquela friagem. Gelo já tinha há tempos no coração, não era novidade. Novo mesmo foi aquele encontro, depois de tanto tempo, aquele olá, oferecendo a cara a um beijinho. Pensou que ali tinha coisa, mas deu de si educação e retribuiu o cumprimento. Aquilo sim era gelo de sua parte. Manteve o olá apenas e seguiu a sorrir de leve, perante o espanto do outro lado. Sabia que ali teria conversa, pressentiu o assunto mas não voltou nem a cabeça. Há muito que tinha ciência do que seria falado e, sinceramente, não lhe interessava nem um pouco. Não folgava o fracasso alheio. Agora, nem pena tinha. WAndrade – 18/12/2014 Ainda não consegui tirar aquele risinho de felicidade da cara, é meu direito adquirido. Eu sempre disse que força tem quem acredita nela e na minha eu creio acima de tudo. Foi dor, foi doença, foi tratamento, foi dinheiro contado, foi solidão, foi tudo à mistura com testes, frequências, trabalhos, estudo, muito estudo, vontade, toda a vontade. Estou licenciada em Psicologia, o grande sonho da Dª Maria de Lourdes* está realizado. Se era o meu? Isso já não importa, o que vale mesmo é o orgulho imenso que estou a sentir de mim, o orgulho que vi nos olhos dos meus colegas e dos meus professores. Agradeço a cada um deles com o coração ainda bambo e a certeza de que fiz o meu melhor. * minha mãe WAndrade - 25/06/2014 queria tanto ter falado com você! O Inferno tem amigos, melhores amigos, conhecidos, fans, quem passa todos os dias, quem vem de vem em quando, quem vem matar saudades, quem vem…ah, pois é! Agradeço o carinho, o apoio, as mensagens, os emails, os comentários, por acreditarem, pelo respeito. Como eu digo na introdução, o inferno não é somente a minha estória, tenho a certeza de que é a de muitos de vós. Um forte abraço e mas uma vez, agradeço a todos! Continuam a ser muito bem-vindos! Wania Andrade WAndrade - 23/06/2014 Formatação: WAndrade Literatura de Cordel é uma poesia muito popular, no Nordeste do Brasil, oriunda de Portugal. São versos rimados que podem (e são) cantados. Quem quiser experimentar, está á vontade! Aqui, http://euminfeerrno.blogs.sapo.pt/tag/sacratu, eu já havia me aventurado um bocadinho. WAndrade - 22/0672014 Ganhei hoje a oportunidade de devolver o bem que alguém me fez há exatos cinco anos. Não foi de ânimo leve, confesso, não sabia que ainda sentiria calafrios ao entrar naquela sala. Mas lembrei que um dia, alguém enfrentou os seus para me ajudar e me dar conforto. Pai do céu, obrigada pelo privilégio de sentir na pele a lei do retorno. Olha, já passou, agora é ir em frente, muita calma nessa alma, muita hora para essa calma! WAndrade – 20/06/2014 Ah, essa não!!! Aporrinhação, irritação, danação, palavrão, vontade de descer a mão! Mas o pior mesmo era não pode dizer o porque de tanta indignação. WAndrade – 07/06/2014 Ah, criança, são as marés, elas mudam como o vento… e se não ilumina o olho é porque não encantou a alma e se esta não se alcança não adianta brilhar no dedo. WAndrade – 25/04/2014 Chega um momento em que temos tanto de outro tanto para dar e experimentar, que só aquilo, o que quis ser de sempre, não basta! Brinquedo novo também fica usado, baby, cai na real. Manter a pressão precisa de foco a tempo inteiro e isso massacra, desbasta, cansa, desinteressa e descamba. O caminho pelos atalhos é muito mais divertido. Pode não ser tão… seguro, mas tem alguém aqui que se interessa por isso? Ah, pois é! WAndrade – 18/04/2014 Recado Não precisa se preocupar. Eu nunca vou dizer a “ninguém” que você vem ao blog. Sabe porque? Por que eu sei que você não é feliz, nem pouco nem mais ou menos. Claro que você nunca vai me deixar saber, isso nunca vai vazar, eu sei. Mas quero que você saiba que eu estou aqui, sempre estarei, não para te julgar ou rir, vou estar aqui para te dar a mão, sempre. Eu sei que as coisas não vão bem, sei que não era, nem de longe, o que você pensava, sei porque te conheço, conheço tua voz, conheço teu silêncio e tua distância. E também conheço o teu orgulho, você jamais iria me deixar saber. Mas não importa, só quero te deixar a certeza de que eu estou aqui. Você sabe como me encontrar, portanto, venha, aconteça o que acontecer você tem aqui. Com grande prazer e a alegria de um reencontro marcado pelas estrelas, pelas folhas de um outono longínquo (ainda bem), divido com vocês, meus 9000, esta escritora, cantora, dona de artes tantas: Vera Mello. Algumas folhas de maple resistem à crueldade do frio elas me indicam o rumo do vento o destino dos sonhos o valor do acaso meu tempo de ocaso pra elas me visto por elas caminho por elas me atalho e é delas que ainda me valho quando desfolho e insisto Vera Mello, Montreal, Outubro de 2009
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