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Ah, Girassol, quiseste-me o mal e o mal concebeste,
com peso, com raiva.
Só não percebeste que todo este que a mim fizeste,
escorre-te pelos olhos assim que a acaba a festa.
WAndrade 07/09/2014
Sempre!
Não, não dou-me mais a promessas, apenas quero-te.
Agarrar nas tuas mãos quando ficam frias como agora,
ter-te em meu peito, vaga e insegura, criança,
namorar-te sob a lua cheia, abraçar-te na rua branca,
arder nas carícias de que tanto gostas.
Fazer-te festas e ver-te a rir, és tão doce!
Não, não dou-me mais a promessas, já disse,
Mas dôo-me a ti, miúda,
agraciada, quando és brilho em teus olhos de mel,
quando vês que me prendes inteira.
WAndrade – 14/03/2014
E assim passou mais uma etapa da vida.
Passou? Passou como assim?
Os óculos escuros ainda lá estão,
a procura pelo abraço ainda lá está,
o sorriso pela metade, também,
o dito cambaleante, idem, enfim…
mais uma etapa passou…
passou mas foi pelo coração uma dorzinha fina,
daquelas impertinentes, que vem na hora em que cessa o barulho e
o pensamento, já na almofada, traz de volta todas as lembranças, saudades,
apertos, olhares para o teto e…
a vontade louca de ligar.
WAndrade – 09/03/2014
E assim seguia, pousando as novas lembranças
por cima das que mais queria,
a ver se habitava a alma
e o coração se lhe desdoía.
WAndrade – 25/02/2014
Não, não corras para enfeitar o que só te deleitará a desforra fútil.
É escusado.
Teus sonhos não moram aí,
não é nesse leito que escorrem teus rios.
Esta ilusão embaraçada só te gasta,
na força que fazes para espantar-me de ti.
Não é aí que encontras o céu quando abres os olhos e
não vês os meus, navegados nos teus doces suspiros.
Não, não corras a mostrar-me um brilho que não te cobre.
Descubro-te nas tuas pisadas trémulas,
ainda que as insistas nobres.
Não é aí que encontrarás os braços que te carregam,
nave, nos carinhos do depois…
Ah, tua investida insólida de negar-me em teus devaneios e desejos…
não é aí que choras a emoção do teu prazer delicado e mais intenso…
delicado e mais intenso…delicado e mais, mais, mais…
Creia, não é aí…ainda que tentes, em sofreguidão,
arrancar de ti volúpias e frissons...és tua própria armadilha...
Ainda que passeies teus dias na novidade para esmagar-me
nas tuas lembranças, ainda que vistoso seja o caminho que ora exploras,
na ânsia de encontrar algum porto, não é aí, sabes bem, sabes bem...
assim como sabes onde deixaste o que sempre fará teus olhos
cintilantes e não dormentes e pobres como agora.
Não, não corras… mas se a ti regalam procuras e a indiferença de te mostrares vulgar,
continua a tentar, meu bem…continua a tentar.
WAndrade – 15/05/2013