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Acordou, olhou para o lado e soube, tinha que atravessar o deserto.
Não importava o incerto do destino, mas tinha lá o que fosse certo na puta da vida?
Tinha. Problemas, contas e… saudade.
Mas era uma saudade tão dolorida, tão desajeitada, que evitava pensar.
Disso já tinha que bastasse.
Fugia desse sentimento mal ele lhe abordava, ainda que de leve. Indelével.
Qualquer solta consideração neste sentido, arredava para longe com força,
enfiando o que fosse naquele vão intrometido.
Mas tinha que atravessar o deserto, era lá, sabia bem, sempre soube.
Sabia que era ali, depois daquela curva lá, depois da esquina…
Lá, antes do deserto, viveu o que agora era apenas, do mais, seu maior desconhecido.
Paz.
WAndrade – 04/09/2014
E assim passou mais uma etapa da vida.
Passou? Passou como assim?
Os óculos escuros ainda lá estão,
a procura pelo abraço ainda lá está,
o sorriso pela metade, também,
o dito cambaleante, idem, enfim…
mais uma etapa passou…
passou mas foi pelo coração uma dorzinha fina,
daquelas impertinentes, que vem na hora em que cessa o barulho e
o pensamento, já na almofada, traz de volta todas as lembranças, saudades,
apertos, olhares para o teto e…
a vontade louca de ligar.
WAndrade – 09/03/2014