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Conhecia-lhe bem aquele alhear-se do mundo
e como abismava o em volta, num mergulho profundo no vítreo encantado e luzidio.
Sabia quando tentava apaziguar a balbúrdia do seu lá de dentro,
encopando-se em imensos silêncios concentrados.
Abstraía-se num seu secreto como uma fera ferida por si mesma.
Conhecia-lhe bem o olhar desinquieto, passarinho de asa partida
que ainda que as tivesse sãs, não saberia para onde voar.
Traduzia-lhe os olhos desabitados, nus como o vento,
nus como agora.
WAndrade – 03/03/2013