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A alma acanhada pela barbárie estende, débil, a mão acorrentada.
O das luzes, acostumado a estas lidas, a tudo atento antes,
chegará n’algum instante.
Cercaram os teus dias, toldaram os teus sensos,
mas é alvo o lado a que se lança, pois há de ti ainda muito, descansa.
Paciência, pequena primavera, que a derrama está por terminar,
já ouviram o teu chamado, já sabem como te alcançar.
WAndrade – 21/12/2014
Não, não dou-me mais a promessas, apenas quero-te.
Agarrar nas tuas mãos quando ficam frias como agora,
ter-te em meu peito, vaga e insegura, criança,
namorar-te sob a lua cheia, abraçar-te na rua branca,
arder nas carícias de que tanto gostas.
Fazer-te festas e ver-te a rir, és tão doce!
Não, não dou-me mais a promessas, já disse,
Mas dôo-me a ti, miúda,
agraciada, quando és brilho em teus olhos de mel,
quando vês que me prendes inteira.
WAndrade – 14/03/2014