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Daqui ainda vejo o mar, acredita.
E acredita também que, neste momento, é impossível
não lembrar teus olhos, os infantes de mel, como
querias, quando te fosses embora.
Que eu nunca mais pudesse abrir a janela.
WAndrade - 29/10/2014
Jovem,
Silêncio é arma dos doloridos.
Descaso é disfarce dos que têm saudade.
Distância é recurso dos que sufocam.
Orgulho é… ah, sei lá… não gosto mesmo.
WAndrade – 16/11/2013
*licença poética para "sem habilidade"
Finalmente livre!
Amuletos, muletas, castices, miçangas e lantejoulas... tudo no lixo.
Finada a cangalha, (re)nasce o moleque e assim se verá, há de ser.
Faltava decidir o destino do barro moldado e abemaldiçoado (hum?),
talvez o descaso, sei lá, o fundo da lata, do rio, da pedra, se dane...
vai que na hora se esguia e o que não fez pela guia,
gostasse de dar-se importância e mostrar galhardia,
fazendo uma parva figura, lhe dava um castigo de se fazer lembrado.
Só que para isso era preciso quem lhe esticasse os ouvidos.
O que já nã era o caso.
WAndrade -1 de outubro de 2013
Você não sabe, mas todos os dias estou a seu lado,
tão, mas tão perto que podia tocar seus cabelos.
Não, assim também não, exagero.
Mas todos os dias penso que quando passo por você
podia bem ganhar um bónus do Pai do Céu – já mereço, ô!
Encontrar você, olhar bem dentro dos seus olhos e dizer…
olha que eu não ia dizer era porra nenhuma, porque uma pessoa que me faz
sentir tanta saudade, das duas uma, merece uma surra ou
merece ser levada para minha casa para saber bem sabido o que é ser amada.
(A segunda alternativa é mais o meu estilo)
WAndrade – 29/07/2013
Conhecia-lhe bem aquele alhear-se do mundo
e como abismava o em volta, num mergulho profundo no vítreo encantado e luzidio.
Sabia quando tentava apaziguar a balbúrdia do seu lá de dentro,
encopando-se em imensos silêncios concentrados.
Abstraía-se num seu secreto como uma fera ferida por si mesma.
Conhecia-lhe bem o olhar desinquieto, passarinho de asa partida
que ainda que as tivesse sãs, não saberia para onde voar.
Traduzia-lhe os olhos desabitados, nus como o vento,
nus como agora.
WAndrade – 03/03/2013