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Sabia que estava mal-feliz.
Não precisava que alguém o dissesse.
Sentia, apenas sentia...
Não que fosse infeliz…algumas coisas até tinham, ainda, uma certa piada,
mas… estava gasto, desiluminado, qualquer coisinha era já uma impertinência.
Um quase inquieto, ali, no fundinho do peito, desequilibrava
os pensamentos, a sensação de precipício que conhecia bem.
Aquilo estava mesmo a dar para o torto, sentia-o nos pequenos
desandos diários.
A falta dos ares frescos daquelas promessas, postiças agora sabia,
já não causava, senão, cansaço.
Tinha que admitir, aquilo estava a perder lugar na sua vida,
nem as tentativas cambaleantes interessavam mais...
sabia, sabia que estava mal-feliz...
as enormes madrugadas de agora eram a prova disso.
É, ouvir aquela voz, depois de tanto tempo, fez todo o sentido…
WAndrade – 06/06/2014
Madrugada quieta, esta, nada de apuros ou desresguardos,
apenas a sanidade do mesmo... o mesmo.
Sem surpresas... era o que teria de ser, afinal.
Um mínino de senso para dar à cabeça um naco que fosse de sossego,
já que o pretendido, ainda que sob os véus da não-querência,
tornou-o inalcansável e era isso o que lhe estava a embaraçar o sono.
E o tino.
WAndrade - 10/11/2013
É, eu sei...não dá vontade de ir embora, não é?
Todo assunto é variável para ficar.
Qualquer vírgula é motivo para mais uns minutos, um olhar...
Fica ali uma vontade de abraço, misturada com limite,
a meio com o desajeito de dizer anda cá!
WAndrade -08/11/2013