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E sabe por que? Porque...
podem todas as rosas estar abertas e até Versailles estar em festa.
Pode o riso adornar o que se entende. Entende-se.
Pode a palavra enfeitar o fastio, que para isso (também) é regra.
Pode o prazer desembrulhar-se em pequenas bolhas...
pilhérias da vida…
pode o vôo ser maior que a asa.
Tudo pode…até a saudade ser mais forte que o silêncio.
Contra isso nada pode!
WAndrade-15/11/2014
E nunca mais a gargalhada boa de acompanhar.
D’algumas coisas até surgiam lá alguns esgarços na boca,
mas a gargalhada, A gargalhada, não mais.
Mudaram-se, (donde?) os miúdos diamantes, hoje desvanecidos,
que eram estrelas crianças, traquinas e soltas, quase, quase bandidas.
A flauta em Sol, tão bonita, agora apenas um sonido destonado
rouco e sem vigor.
Tudo aquietou-se na maturidade das tristezas conquistadas.
Então era isso?
WAndrade – 06/09/2014
Borboleta soltinha, das que brilham no claro, das que brilham, meu bem!
Arrepios daqueles que riem na pele, que riem, meu bem!
Nuvens, sem pressas, meu bem, sem presas!
Sonhos animados, de saber-se bem chegado,
seja a qualquer hora e do jeito que for, meu bem,
seja do jeito que flora!
WAndrade – 11/09/2014
Girassol, bem queria falar contigo hoje.
Agradecer com flores e abraços por teres ficado,
quando a vida fingiu que não viu.
Beijar teus olhos de mel, que viram carinho
onde nem eu queria bem olhar.
Pegar tua mãozinha delicada, que cuidou do dói-dói
como quem brinca de flor, e amarrar na minha como quem quer casar.
Enfim, beijar tua boca doce, doce de fruta tão doce e, ali, dentro dela
te dizer…
ah, deixa...se quiasesses ouvir...
Para o girassol que cuidou de mim.
WAndrade – 16/04/2014
Jovem,
Silêncio é arma dos doloridos.
Descaso é disfarce dos que têm saudade.
Distância é recurso dos que sufocam.
Orgulho é… ah, sei lá… não gosto mesmo.
WAndrade – 16/11/2013
*licença poética para "sem habilidade"
Madrugada quieta, esta, nada de apuros ou desresguardos,
apenas a sanidade do mesmo... o mesmo.
Sem surpresas... era o que teria de ser, afinal.
Um mínino de senso para dar à cabeça um naco que fosse de sossego,
já que o pretendido, ainda que sob os véus da não-querência,
tornou-o inalcansável e era isso o que lhe estava a embaraçar o sono.
E o tino.
WAndrade - 10/11/2013
Navega certo o coração incerto que se dispôs a desinventar
o sentimento.
Calado, atravessa suas marés confusas e desarejadas.
Sozinho, espreita o distante, bem-querer que sufoca dia após dia.
Sem quem para o perceber, fantasia a vida, ilude a alma
a conseguir seguir.
Navega cego o coração varrido que tentou fingir.
WAndrade - 08/11/2013