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O que leva e traz… leva e traz, invariavelmente.
O vento que lá ventou, aqui é conforme.
Sopra suas alcovitices, infla os balões da mexeriquice e traz
ais e uis de risadas, deboches, ironias e um qualquer anúncio,
à risota, sobre caras, vincos e assins.
Assim, para descanso da alma e branquejar do avalio próprio,
quer dizer, do carácter, é imperioso entender que não se leva
para a vida aquilo que vem amasiado com os copos.
De sempre em sempre, sempre tantos, faz-se papel de tolo,
lá, aqui, onde quer que cante ou conte o vento.
Ou o que leva e traz.
WAndrade – 25/01/2015
Nem chateação, nem aborrecimento. Nem pena, nem dó.
Talvez compaixão, que é de ter.
Bárbaro, em anseios das pratas, idolatra o fidalgo, aliciando-lhe
as benes, os apoios e a própria desgraça.
Alma acanhada assim definha, coitada, nem sonha o que lhe ceifa
o arbítrio, apenas zonza pelos cantos da vida, encalhada numa
estância alquebrada e fria;
incônscia e sem forças, deriva em si mesma…tonta…
Num escambo medonho e murcho, partilham-se sombras e foices…,
delusões…delírios entre aparências e bongôs.
Os descaminhos rebentam (aquilo que malgrado nasce…)
neste estirão sem norte, já vazio de figurantes
(desandos não rendem plateia).
Arrastos de um desenredo inanimado.
WAndrade-27/12/2014
então era isso?
Ah, Girassol, quiseste-me o mal e o mal concebeste,
com peso, com raiva.
Só não percebeste que todo este que a mim fizeste,
escorre-te pelos olhos assim que a acaba a festa.
WAndrade 07/09/2014
Sempre!
Madrugada quieta, esta, nada de apuros ou desresguardos,
apenas a sanidade do mesmo... o mesmo.
Sem surpresas... era o que teria de ser, afinal.
Um mínino de senso para dar à cabeça um naco que fosse de sossego,
já que o pretendido, ainda que sob os véus da não-querência,
tornou-o inalcansável e era isso o que lhe estava a embaraçar o sono.
E o tino.
WAndrade - 10/11/2013