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Ah, criança, são as marés, elas mudam como o vento…
e se não ilumina o olho é porque não encantou a alma
e se esta não se alcança não adianta brilhar no dedo.
WAndrade – 25/04/2014
É simples mas é para poucos. Para os que amam.
Só quem ama consegue perceber o quanto de amor existe atrás
da gana que o outro se obriga a sentir.
Ou ver, com olhos de ternura, a dor atrás do sorriso lacerado,
quase um engasgo que ele teima em exibir.
Só quem ama, entende e acarinha a mensagem atrás do silêncio que,
sabre que a ele mesmo devasta, ainda assim finca como nobre.
Sim, é simples, é só para quem ama absolutamente.
Sem truques.
WAndrade - 21/10/2013
Que estivesses a meu lado amanhã...
que fosse teu o primeiro olhar na primeira assinatura...
que meus amigos vissem em meus olhos o brilho da tua presença.
Mas não disse nada, nem te convidei... doeu, acredite.
É que, dessa vez, pensei em mim, não suportaria outra desculpa engasgada,
outra risada indefinida antecedendo o teu não.
Querer eu queria que fosses...
e meu coração baterá mais forte a cada vez que aquela porta se abrir.
WAndrade - 10/07/2013
Queria escrever algo que fosse definitivo, reto e que não deixasse dúvidas,
porque nem tudo o que parece é ou parece ser.
Às vezes é preciso fintar a realidade para chamar a atenção daquilo
que é sonho, é preciso não dizer para ser compreendido,
é preciso enganar para ser observado.
E porque nem sempre se pode e nem sempre se perde, há que ir levando
em jeito de aceitação aquilo que o coração abafou mas não conseguiu calar.
Fui clara?
WAndrade – 10/08/2013
Não receies querida, não é assim que me ponho à prova.
Meus próprios ensaios resguardo num cavo esquecido de mim,
não vá a tentação esgueirar-se por uma fresta qualquer que não poli,
e, sem dó, trazer-me desprevenida à tona, dando lume aos meus descobertos.
Não são minhas as sinas que descortino nesta senda, ou não só.
São as vidas que colho num ouvir mais atentado,
os silêncios que imploram liberdade, as veladas verdades que anseiam
ousadias e veemências. Quem sou eu?
Eu apenas reflito o palavrório dos passantes e não me tiro da cartola assim tão fácil. Não mais.
Não receies querida.
WAndrade – 15/04/2013