Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Quis o vento, o mar, a terra inteira a seus pés, os moinhos.
A lua, não fazia questão, mas por inteiro o céu para voar ilimitado,
porém o pensamento desgovernado não atinava que só aprende
o vôo quem dá valor às asas que tem.
Quis…as noites, as ruas, braços, percalços viessem, quis.
Incauto de verdades, o coração era inteiro um desguardo,
no fundo, no fundo, vivia num deserto, rodeado de lacunas, oco.
Mas queria era função, arredar do pensamento o que fosse ponderável,
fazer da vida um infindável navegar de nadas e assim instigar, por certo, alguma graça.
Pois é, quis e apostou alto todas as fichas…
No destrambelho em que agora se encontrava, farsava
a alegria dos inebriados como verdadeira fosse.
O coração? Este, vagava pelo peito ainda mais deserto, descalvado e vago,
caído em desabrigo…
Céu ilimitado como queria… de vazios.
Pois é!
WAndrade – 19/03/2013