Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
É assim, queremos um amor de jeito, de conchinha, de mãos dadas.
Queremos um amor para vadiar sem pressa, com pressa de amar e desejos insolentes, indecentes, ah!
Queremos namorar, fazer compras, unir, sorrir, nuas, sob os cobertores, vadias, vazias de tanto encantar este amor para depois o fartarmos de prazer e descansar, ajeitadas nos céus.
E sim, queremos um amor de mansinho, pequenos golinhos de tudo, jeitinhos, carinhos e tão mais.
Sim, queremos um amor de jeito, ora essa, para fazer o amor nos bilhetinhos, nas pirraças de graça, nos abraços-surpresa, nas querências do silêncio de depois…
Ai que queremos esse amor!
Mas, por curiosidade, só por curiosidade, somos esse amor?
WAndrade – 06/01/2016
Depois de tanto tempo sem olhar para o espelho com os olhos das vaidades,
(sim, arranjava-se apenas lá para conferir se ainda não saía de casa
aos quadrados e às listras tudo num conjunto só), deu com aquilo.
Não ligou importância, afinal, há tanto tempo não tinha uma surpresa,
que pensou estar a passar-se, agora dos olhos, porque da cabeça…
Um pouco contra a vontade chegou mais perto a verificar e…
ora bem, suas sobrancelhas estavam voltando!!!
O último baluarte que a quimioterapia derrubara, voltava triunfante ao lugar que lhe pertencia.
Ficou ali a olhar praquilo, criança que ganha um doce inesperado, mas não pensou em tudo o tinha acontecido deste tempo para cá.
Apenas sorriu com o pensamento terno que lhe veio à cabeça,
“suas sobrancelhas estavam voltando…”
WAndrade – 03/04/2014
Ai,ai, vem aí mais uma lua cheia...
daqui a nada a visita "espalha-se" pelo diminuto recinto
onde desenvolve o reforço da pirraça. Ó dó!
Descarregar outro tanto de "obséquios" à minha porta?
É escusado, por cá há santuras intransponíveis, ó pa! Há muito é escusado!
Só rio, sou rio, e nele deposito a oferta precita e sigo caminho.
Pró mês, outra tentativa. Ó dó!
Wandrade-16/10/2013
A questão não foi a festa fora d’horas
Ou as companhias repentinas e já tão íntimas…
Também nem foi o suposto colóquio arfante
para mostrar vitórias e que tudo já passou…
A questão foi o olho embaçado ao bater no meu
Tentaste mostrar supremacia, vi saudades
Aparentavas frieza mas tremias, ah, tremias
Quiseste armar-me uma cilada? Tempo perdido,
criança, não sabes ainda armadilhar
Mas uma coisa sabes, no fundo da alma, sabes
Ninguém nunca te vai levar onde só eu consegui…
Continua a tentar.
Wania Andrade – 09/05/2013