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Pronto. Cirurgia marcada e eu totalmente animada (fiz até a dancinha aí debaixo).
E no caminho para a casa, a cabeça lá e cá, lá e cá, como só eu consigo…
a loja, a vida nova, aquela estrada de sempre… sempre Coimbra…
Lembrei que minha mãe tinha joanete. Minha avó também.
Minha avó e suas atitudes. Jamais se importou com os falaricos e os dóidóis mezinhos.
Por um amor, um grande amor, largou tudo, o marido árido, a casa fria, as filhas, levou somente o mais pequeno pela mão. Consequências? Que viessem!
Lembro-me dela num aniversário meu, sentada na poltrona da sala,
a sorrir, depois das águas passadas.
Minha mãe e suas atitudes. Quando saímos de casa, ela enfrentou
meu pai, disposto a tudo…inclusive a não deixá-la sair.
Por um amor, um grande amor, vi, pela primeira vez, minha mãe sem maquilagem, deitadinha no sofá, completamente precisada de colo. Quieta, quietinha como pede o coração quando está aos rasgos.
Vinte anos depois este mesmo amor retorna, pedindo perdão, querendo
retomar o romance, dizendo que nunca a tinha esquecido.
Resposta de minha mãe: “Agora é muito tarde!”
Eu? Ah, eu também tenho joanete. Eu sou dessa tribo aí.
Quem sai aos seus…. pois é!
WAndrade – 22/07/2015
Ai que me me gusta bailar… la bamba,
espalhar os pés no chão que se curva. Isso sim é viver!
Veias saltadas, alma alterada, semba, semba, obá,obá,obá!
La bamba epopeia, descamba, desanda, diz sim ao arauto do fundo,
ê bumbo, ê bumbo, ê limbo, ê boi!
Seguro morreu de…scabido, fez feio sentido naquilo que pensava ser.
E morreu sem saber que bastava um psiu, socorro, sou eu…
que no bambo da corda não tenho mais vez.
WAndrade-13/01/2015
Pago.
Sandolar, que a tua pele faz de mim jardim,
que o teu jasmim desgira sol em mim,
de tanto mim desaportar.
Lavandar o coração de tanto mal de amor,
neblina doce onde dançam nosso abraço
e a tua mão em mins que eu nunca mais ousei desbaratar.
WAndrade – 12/10/2014
Distância.
Achou esta a atitude mais correta (?)
Sim, isso faria a morena perceber as suas certezas e escolhas.
Claro, vez por outra daria o ar da graça, mas sempre, sempre na distância.
Falaria do tempo, dos negócios, enfim, assuntos gerais, de pouca importância.
Afinal, tinha a certeza de que estava no caminho certo...
A morena entendeu e, mais que isso, começou a perceber a ironia da coisa.
Notava a distância e a respeitava, mas via claramente a dúvida deste comportamento.
As poucas intervenções vinham carregadas de perguntas, indiretas, conversas alongadas para não dizer nada, era evidente a falta que sentia dela.
A morena começou a perceber as “visitas” em dias certos. Sabia que naquele tal dia seria observada.
Não percebia era o porquê deste comportamento, afinal estava tudo dito, quem quer que fosse sabia o que a morena sentia. Mas deixava correr, agora tinha consciência de todo o seu potencial, sabia que conseguiria, até por estes atos.
Preparava-se para o dia em que era notada, passou a fazer presença neste dia e sabia que ali estaria sua resposta. Sem palavras, sem comentários, apenas a presença.
...precisava saber se a morena ainda estava a seu alcance.
WAndrade - 02/2011