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Pesquisa e Arquivos [2] A moça entristezada divagava um mal de amor… um dia ganhou um gato, um não, dois… o Retinto, via a vida a meio pau, o que jamais foi impedimento para travessuras, denguices, rebolos e comilança. Era esperto e louco, como os sãos. A Duas Cores era lívida, cônscia e impaciente. Mas tinha lá seus bocados de linhas, papel, folguedos e comilança, que tola não era. Foram vivendo assim os três, conhecendo-se aos poucos, amando-se devagar, como convém aos melindrados de alma. Entranharam-se por fim na ternura mais intensa, aquela onde nem se precisa falar. Não no caso desses três. Conversavam-se a baldes. O Retinto era folgado, interessado no que mais ouvia do que via, já que quase não via. Mais afinado, guardava barulhos, sombras, issos e aquilos que os videntes desapercebem. A Duas Cores olhava. E era o bastante. Da estante onde montava resguardo, amontoada nas patas, via o Retinto, via a dona, via os movimentos da casa, das visitas, via apenas o que queria. Não queria, virava costas e…adormecia. Ou sumia na casa de nem São Longuinho encontrar! Os dois eram pontos de aguço para a moça que era triste e que com eles aprendeu de ser contente e deu-se à vida. Devagar, para não assustar as “crianças”, um dia saía e voltava cedo, num outro avisava que chegaria tarde, num outro….. Até que um dia a moça esticou a faceirice e não dormiu em casa. Meteu a chave na porta…silêncio… “ninguém” ao pé da porta, “ninguém” a correr pela casa a demonstrar saudades…aliás, não viu seus “ninguéns” em lado nenhum…chamou, carinhou, chamou… Retinto e Duas Cores (esta com seu olhar aterrador), deitados juntos, na estante, amuados e famintos, não renderam-lhe uma atençãozinha sequer…passaram o dia inteiro a dar-lhe o castigo merecido, a desatenção, por tamanha ingratidão, passar a noite fora sem avisar. Onde já se viu? Rondou a moça um pensamento engraçado, tinha agora a gerência de seu futuro amoroso por um fio. Um fio do bigode de um gato. WAndrade – 18/02/2013
O futuro nos bigodes de um gato
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