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Soltou a franga!!!
Soltou os bichos!!!
Soltou o verbo!!!
Soltou a alma inteira naquela passarela.
Mas não ía, não… pra que?
Ver-se outra vez enredo de um samba enganado?
Ir para sofregar um naco de alegria ilusória?
E além do mais, estava tão frio…
Até que foi. E foi num átimo que se viu quase a levitar ao som da bateria…
Um segundo de descuido do coração sizudo e pronto,
já rodopiava livre no meio da própria vida.
Dançou tudo, a dor, a saudade, a esperança, a ausência, tudo dançou e tanto.
Foi destaque, foi passista, foi ala e fez ala com quem vinha à sua dança.
Suou a fantasia improvisada de sem jeito, suou a dura caminhada agora até mais acalmada.
E flagrou-se numa alegria já tão desconhecida que aí mais dançou e mais alegrou e mais brincou. Estava totalmente criança solta na praça.
A madrugada desse carnaval, certamente trouxe para casa alguém muito diferente.
WAndrade – 12/02/2013