google-site-verification: google10c0e84895c1ca43.html
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Pronto. E agora estou às voltas com tudo aquilo que não mais queria.
Pressa, tropeço, gagueira, insónia e aflição.
Mas será o Benedito? (Que aliás não tem nada a ver com isto).
Tanto que lutei, que me esforcei - e consegui – para ser intransponível!
Barreira de mim, forjada à lenha que um dia ardeu-me inteira a alma,
ainda bem, até há pouco tinha congelados, a golpes certeiros,
os dizeres de amores e tals.
Fali. Teus olhos faliram-me. O senso, o tino e a causa.
Teus beneditos olhos, ainda presos dentro dos meus impedem-me a calma.
Vou, volto, entro, vago a casa… despossuída de qualquer sentido,
apenas teus olhos a roubar-me a sanidade, os dias, a mim.
WAndrade – 27/06/2013
Meu amigo poeta, Velto Silva, de quem tenho um poema aqui,
disse outro dia que eu era uma "encantadora de almas".
Um carinho que agora retribuo.
Chamaste-me encantadora de almas?
Não, meu caro parceiro, nem por isso.
Apenas não me furto a olhar de frente para o que de frente está e não só,
Erma em mim, aprendi que falar é fácil e querer mostrar é ardil danoso,
aparentar é cadafalso, dissimular é fraqueza, esconder é grito,
silenciar é teia.
O vento atravessa-me notícias, olhares e vagares e, assim, vou desvendando
almas latejantes, distantes de serem calma.
Encantadora de almas?
Não, traduzo apenas os sentimentos soslaios e tristes
que alguém esquece vez por outra em mim.
WAndrade – 06/05/2013
De repente aquele salão era só os teus olhos…
de repente o mundo desapareceu e eram só os meus olhos
e os teus olhos…duas bolinhas de gude a correr dentro dos meus,
aflitos , a pedir respostas, a querer vida, a saltar de mim em mim
a cada palavra, cada gesto, cada canto…
nunca um silêncio foi tão avassalador e calmo.
Nossos passos síncronos nas folhas, passos iguais
e depois, de longe, ainda vi teu olhar grudar no meu.
Fugiste, eu sei, mas daquele mundo que inventamos ali, não,
dele não te livras nem soltas.
Foi muito, foi tanto, todo o espanto da tua entrega nos meus olhos,
nos teus olhos.
WAndrade – 24/06/2013
Dia de incrementar a falseta,
imaginar euforia, que alegria genuína,
já se sabe é parca.
Cachinadas sonoras ao jantar que honra Baco,
para incentivar, mais tarde, “irrefreadas ânsias” de prazeres enganados.
Suspiros sobranceiros ao léu põem-se apostos para evidenciar ao mundo…
o que não se realiza, mas que é imperioso vistar…
Saem de cena os rendeiros, deixando o palácio livre à fantochada
que, como sempre dá em nada.
Concluída, enfim, a jornada, um dormirá o sono dos justos,
dessabido do logro, julgando-se em paz,
o outro fintará o recalque debatendo assonia e assombros,
vingado, talvez, realizado jamais.
WAndrade – 21/06/2013
Procura-se a roupa bem posta e elegante,
em combinações perfeitas que se faziam notar.
Procura-se o alinho e o capricho que aos olhos saltavam só de se ver passear.
Procura-se o ar brejeiro de andar quase em jeito de passarinhar.
Procura-se a pele de altéia e o bom regozijo no dom de falar.
Procura-se a voz sonante que era assim uma fonte de bom frasear.
Procura-se quem, no retálio, rema ao contrário,
naquilo que é falho, na ânsia esquisita de desfrontar.
WAndrade-20/06/2103
Amigos e frequentadore do "Infeeerrrno!
Quem quiser adquirir o meu livro "Umas Estórias de Amor"
basta mandar um email para mim: waniandrade27@gmail.com.
Eu envio pelo correio, após receber o comprovativo de pagamento.
O livro custa 15,00€.
Obrigada a todos,
Wania Andrade
Ouviu a "flauta em sol" e, como sempre, tremeu.
Na disparada do coração tentou aparentar circunstâncias,
qual o que, estava em êxtase, mais que uma surpresa, uma esperança
tocou-lhe a alma tão enfastiada de carinhos.
Breves momentos de sonho haveriam de fazer-lhe companhia sabe-se lá
por quanto tempo mais.
Não importava, ouvia agora e agora sentia que vivia.
WAndrade - 17/06/2013
Não tem mel nem benzedura, de joelhos uma jura, nem assim.
Não tem pão prum desgraçado, nem calçado gasto à santa, nem assim.
Não tem lanho nos costados, faça sol ou vare a noite, nem, nem assim.
Não tem reza braba ou fome e sede ou castigo de joelhos, milho ou pregos.
Não tem cruz nem sacristia, nem do padre a homilia, dia a dia, dia a dia.
Quando a tal vem das entranhas inflamada e então voraz,
uma praga já rogada não receia, não faz curva e tampouco marcha atrás.
WAndrade – 13/06/2013
Flor de verão deu rasteira no meu coração,
e eu nem liguei, no deserto não vinga
Flor de verão se espalhou, floresceu,
foi brotando em meus olhos botões de um lindo amor.
Flor de verão, flor é vida no meu coração
E eu me espantei que a emoção tem teu nome,
flor de verão, alegria tem cor, cor dos teus olhos negros,
botões do meu amor.
WAndrade-12/06/2013