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Pesquisa e Arquivos [2] Pronto. E agora estou às voltas com tudo aquilo que não mais queria. Pressa, tropeço, gagueira, insónia e aflição. Mas será o Benedito? (Que aliás não tem nada a ver com isto). Tanto que lutei, que me esforcei - e consegui – para ser intransponível! Barreira de mim, forjada à lenha que um dia ardeu-me inteira a alma, ainda bem, até há pouco tinha congelados, a golpes certeiros, os dizeres de amores e tals. Fali. Teus olhos faliram-me. O senso, o tino e a causa. Teus beneditos olhos, ainda presos dentro dos meus impedem-me a calma. Vou, volto, entro, vago a casa… despossuída de qualquer sentido, apenas teus olhos a roubar-me a sanidade, os dias, a mim. WAndrade – 27/06/2013 Meu amigo poeta, Velto Silva, de quem tenho um poema aqui, disse outro dia que eu era uma "encantadora de almas". Um carinho que agora retribuo. Chamaste-me encantadora de almas? Não, meu caro parceiro, nem por isso. Apenas não me furto a olhar de frente para o que de frente está e não só, Erma em mim, aprendi que falar é fácil e querer mostrar é ardil danoso, aparentar é cadafalso, dissimular é fraqueza, esconder é grito, silenciar é teia. O vento atravessa-me notícias, olhares e vagares e, assim, vou desvendando almas latejantes, distantes de serem calma. Encantadora de almas? Não, traduzo apenas os sentimentos soslaios e tristes que alguém esquece vez por outra em mim. WAndrade – 06/05/2013 De repente aquele salão era só os teus olhos… de repente o mundo desapareceu e eram só os meus olhos e os teus olhos…duas bolinhas de gude a correr dentro dos meus, aflitos , a pedir respostas, a querer vida, a saltar de mim em mim a cada palavra, cada gesto, cada canto… nunca um silêncio foi tão avassalador e calmo. Nossos passos síncronos nas folhas, passos iguais e depois, de longe, ainda vi teu olhar grudar no meu. Fugiste, eu sei, mas daquele mundo que inventamos ali, não, dele não te livras nem soltas. Foi muito, foi tanto, todo o espanto da tua entrega nos meus olhos, nos teus olhos. WAndrade – 24/06/2013 Dia de incrementar a falseta, imaginar euforia, que alegria genuína, já se sabe é parca. Cachinadas sonoras ao jantar que honra Baco, para incentivar, mais tarde, “irrefreadas ânsias” de prazeres enganados. Suspiros sobranceiros ao léu põem-se apostos para evidenciar ao mundo… o que não se realiza, mas que é imperioso vistar… Saem de cena os rendeiros, deixando o palácio livre à fantochada que, como sempre dá em nada. Concluída, enfim, a jornada, um dormirá o sono dos justos, dessabido do logro, julgando-se em paz, o outro fintará o recalque debatendo assonia e assombros, vingado, talvez, realizado jamais. WAndrade – 21/06/2013 Procura-se a roupa bem posta e elegante, em combinações perfeitas que se faziam notar. Procura-se o alinho e o capricho que aos olhos saltavam só de se ver passear. Procura-se o ar brejeiro de andar quase em jeito de passarinhar. Procura-se a pele de altéia e o bom regozijo no dom de falar. Procura-se a voz sonante que era assim uma fonte de bom frasear. Procura-se quem, no retálio, rema ao contrário, naquilo que é falho, na ânsia esquisita de desfrontar. WAndrade-20/06/2103 Amigos e frequentadore do "Infeeerrrno! Quem quiser adquirir o meu livro "Umas Estórias de Amor" basta mandar um email para mim: waniandrade27@gmail.com. Eu envio pelo correio, após receber o comprovativo de pagamento. O livro custa 15,00€. Obrigada a todos, Wania Andrade Ouviu a "flauta em sol" e, como sempre, tremeu. Na disparada do coração tentou aparentar circunstâncias, qual o que, estava em êxtase, mais que uma surpresa, uma esperança tocou-lhe a alma tão enfastiada de carinhos. Breves momentos de sonho haveriam de fazer-lhe companhia sabe-se lá por quanto tempo mais. Não importava, ouvia agora e agora sentia que vivia. WAndrade - 17/06/2013 Não tem mel nem benzedura, de joelhos uma jura, nem assim. Não tem pão prum desgraçado, nem calçado gasto à santa, nem assim. Não tem lanho nos costados, faça sol ou vare a noite, nem, nem assim. Não tem reza braba ou fome e sede ou castigo de joelhos, milho ou pregos. Não tem cruz nem sacristia, nem do padre a homilia, dia a dia, dia a dia. Quando a tal vem das entranhas inflamada e então voraz, uma praga já rogada não receia, não faz curva e tampouco marcha atrás. WAndrade – 13/06/2013 Flor de verão deu rasteira no meu coração, e eu nem liguei, no deserto não vinga Flor de verão se espalhou, floresceu, foi brotando em meus olhos botões de um lindo amor. Flor de verão, flor é vida no meu coração E eu me espantei que a emoção tem teu nome, flor de verão, alegria tem cor, cor dos teus olhos negros, botões do meu amor. WAndrade-12/06/2013
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