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Do encruado e amorfo já quase tudo foi dito (e visto), é molha que desanda a folha.
É direito adquirido não querer ver o que se lhe venta ao redor,
pelo tanto que sente o peito esmurrado e chocho.
Onde agora anda aquilo que o estardalhaço palhaçoso anunciou?
Perdeu-se, engodos são vaidosos, pretendem apenas, mas esgotam e fim.
A vida espreita, ensina, mostra timtim por timtim.
Mas cadê que o cativo é desperto?
Enfim, se conselho fosse dom nascia com a gente, certo?
WAndrade – 31/03/2013
Não do carinho desemprumado, assim de soslaio, quase um afago no cão,
muito menos das flores tropeças e catadas a preço, obrigação morna e jargão,
e nem do lesco-lesco desenxabido que por vez ronda as noites líquidas, tão líquidas.
Do que faz lustre, sim, o qual, acredite, não vem de dentro da carteira
e sim da alma enternurada e esta não vaga por aí na borga, ah não!
Das atitudes, sim, pequenas que sejam, que dão o tom maior ou menor para seguir
no vai-da-valsa ou abrir a cauda do piano…
Daquilo onde sejas objectivo e não episódio.
Beba da vida, meu bem, beba da vida!
WAndrade – 30/03/2013
De uma distância segura observava a maré.
Silente, via a incredulidade de cada onda que se formava.
Sem sustos, seguia aquele enuviar vagaroso, já conhecia.
Aquilo era aviso de temporal! Vinha ali mau tempo!
É quando é que fora bom?
WAndrade – 25/03/2013
Escrevo o que é de mim e não só.
Minha poesia tem reversos, que estes dão-me mais jeito
Meus versos de fanfarra, espreitam aqui e ali alguma prosa,
se assim me convém e se o sentimento aprova.
Falo da rua naquilo que vejo e ouço. Por vezes acho piada, noutras encontro dó.
Do amor prefiro não comentar, tenho dele péssimas impressões.
Também escrevo pessoas, o que nelas me intriga, o que delas absorvo.
O possível corvo que em cada uma habita, atinge em cheio minha palavrória.
Pessoas são armas, quase sempre prontas a disparar…
às vezes um sorriso, quando precisam de algo,
às vezes um silêncio, quando é você que precisa.
Às vezes um agrado, quando estão na pior,
às vezes a distância, quando a vida lhes faz uma graça.
Escrevo o que é exangue e o que se faz intenso
se assim o percebo.
Porém do que percebo escrevo menos.
Há coisas que não devem sair do pensamento.
Seria indelicado.
WAndrade – 23/03/2013