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Pesquisa e Arquivos [2] A canção chama-se Credo (em todos os sentidos): " Fica sempre o molde do punhal, na mão de quem golpeia Tenha isso em consideração, na hora em q for tocar em alguém Pode ser sua mãe, pode ser quem lhe faz prazer, Pode ser um estranho, q ainda assim vai se arrepiar, Do estrago medonho que isso lhe vai causar, sem o pobre saber porque Arde o fogo da ingratidão na cara do ingrato Leve isso como uma questão, na hora em que for olhar p alguém, Que pode ser qualquer um, novo ou velho, Mas pense no caso, de um dia, ao acaso, esbarrar num espelho." Wania Andrade - letra e música, nov 2009 Curiosidade: Essa é a letra original, no youtube ainda está o estudo da canção. Eu amei a primeira frase...não é por ser minha, não, mas é boa! Deixou que o tempo passasse e foi o mais acertado. Parou, olhou e começou a reparar em volta com menos ansiedade. Não se surpreendeu com o que viu, na verdade, até porque, sabia fato, não se muda uma essência. Uma vez destorcida e mal formada, assim sempre será. Maneiras (mal) estudadas, egos (pobres) inflados a custos duvidosos, litros e litros do melhor verniz, não conseguem camuflar, ao menos, o que se tem dentro, quando isso é nascido restolho. Não, não se surpreendeu, ao contrário, divertia-se e muito com as naturezas impecáveis. O que é patético, justamente pelo raso caráter que possui, enreda-se no seu próprio desvairio, vende uma imagem de respeito e dignidade, mas quando confrontado ou, ainda, quando há a real necessidade de usar o produto que vende, o que vem à tona é o que realmente é, um embuste, e aí, desanda gloriosamente. Precisando ser alvo de algum louvor, não percebe o triste papel que faz, sendo a piada e o menear de cabeça de todos (por trás, é claro). Seria de rir, não fosse de pasmar. Sempre pensara que ouvir uma mentira tinha um gosto especial, porque uma mentira nunca vem sozinha, precisa de turma para dar o aval e quando a turma se junta, aí é o gozo supremo, dá gosto esperar! Porque “uma coisa que era, deixa de ser ou não era bem assim”, não dá para lembrar mentiras de turma, claro, então o rolo se forma, a bagunça mental mais se instala e quem ouve dá-se apenas ao trabalho de deitar para rir. Uma frase muito interessante que um dia ouvira e que agora visitava-lhe muito o pensamento era: “Trate as pessoas como elas querem ser tratadas, você vai se divertir muito”. Fazia sentido, quando percebia o quanto os frágeis emocionais se adonam de personalidade, recreava-se a dar -lhes o gás necessário para inflar seus egos desapetrechados de conteúdo. Ou seja, concordava, dizia que estavam certos (afinal, eles acreditam fielmente que sempre estão certos), sim, sim, e ir fazer outra coisa melhor e mais útil. Então deu-se tempo, parou, olhou e aprendeu que tinha que dar às pessoas exatamente aquilo que elas queriam. Desceu, enfim, dos seus divagares e lembrou de um dizer antigo: “o tempo vira, a lua mingua, o vento muda! Achou que convinha sempre pensar nisso. WAndrade - 26/11/2009
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